O Lean trabalha com oito tipos de desperdícios. São eles:
Superprodução: Produção de produtos ou serviços
para os quais ainda não há demanda. Esse excesso produtivo gera o desperdício de
materiais, pessoal, tempo, transporte e estoque.
Espera: O tempo ocioso de uma pessoa ou maquinário.
Pode-se mostrar em funcionários que são contratados em funções duplicadas, ou para
operar maquinas automáticas, ou ficam ociosos aguardando sua etapa no processo
de produção, seja por falta de sincronia entre etapas, por falta de estoque ou
em função de um gargalo na produção.
Deslocamentos desnecessários: Sejam pessoas ou
peças, o descolamento por distancias maiores que o necessário e mais vezes que
o necessário gera um deslocamento ineficiente, gerando um custo e um tempo de
produção maior que o necessário.
Superprocessamento: Esse desperdício se baseia nas
etapas desnecessárias que existe no processo, seja ele de produção ou de
serviço. Pode ser autorizações desnecessárias ou relatório que não são lidos,
ou algum passo desnecessário na produção sem que afete o resultado final, como,
por exemplo, polimento da correia dentada. Esse desperdício também pode ocorrer
devido a maquinário com defeito ou mal regulado, gerando defeitos e
retrabalhos.
Excesso de estoque: O excesso de matéria-prima e de
estoque, seja de processo ou de produtos acabados, causa o aumento nos custos
de transporte e armazenagem, reduz a eficiência e aumenta o tempo de produção
(lead time), podendo danificar os produtos intermediários que ficam estocados. Além
disso, o excesso de estoque pode mascarar problemas na linha de produção.
Movimento desnecessário: Qualquer movimento além do
necessário que seja realizado por funcionários ou maquinários também é perda,
pois aumenta o tempo total do processo.
Defeitos: Produção de peças defeituosas ou que
exijam algum retrabalho, isso serve também a serviços realizados de forma
errada e que precisam ser refeitos. Consertar, retrabalhar, descartar,
corrigir, substituir e até mesmo inspecionar significam perdas de manuseio,
tempo e esforço.
Desperdício da mente: É o desperdício do potencial criativo dos
funcionários. O não ouvir os funcionários pode ocasionar perdas de tempo,
habilidades e melhorias.
Taiichi Ohno acreditava que a superprodução é o pior dos
desperdícios de uma indústria, pois acaba por gerar a maioria dos demais
desperdícios. Como é possível observar, uma vez que o excesso de produção gera
excesso de estoque, consequentemente excesso de deslocamento para armazenar
tudo. Devido aos grandes estoques, os defeitos e superprocessamentos passam
despercebidos.
O Lean Manufacturing busca, exatamente, minimizar esses desperdícios,
identificando suas causas e tratando-as antes que ocorram.
Curiosidade: inicialmente eram sete desperdícios, mas depois
foi acrescentado o desperdício da mente, por se perceber como é mais eficiente
quando todas as mentes trabalham juntas.