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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Pedro Brant

Os oito desperdícios

O Lean trabalha com oito tipos de desperdícios. São eles:

Superprodução: Produção de produtos ou serviços para os quais ainda não há demanda. Esse excesso produtivo gera o desperdício de materiais, pessoal, tempo, transporte e estoque.

Espera: O tempo ocioso de uma pessoa ou maquinário. Pode-se mostrar em funcionários que são contratados em funções duplicadas, ou para operar maquinas automáticas, ou ficam ociosos aguardando sua etapa no processo de produção, seja por falta de sincronia entre etapas, por falta de estoque ou em função de um gargalo na produção.


Deslocamentos desnecessários: Sejam pessoas ou peças, o descolamento por distancias maiores que o necessário e mais vezes que o necessário gera um deslocamento ineficiente, gerando um custo e um tempo de produção maior que o necessário.

Superprocessamento: Esse desperdício se baseia nas etapas desnecessárias que existe no processo, seja ele de produção ou de serviço. Pode ser autorizações desnecessárias ou relatório que não são lidos, ou algum passo desnecessário na produção sem que afete o resultado final, como, por exemplo, polimento da correia dentada. Esse desperdício também pode ocorrer devido a maquinário com defeito ou mal regulado, gerando defeitos e retrabalhos.

Excesso de estoque: O excesso de matéria-prima e de estoque, seja de processo ou de produtos acabados, causa o aumento nos custos de transporte e armazenagem, reduz a eficiência e aumenta o tempo de produção (lead time), podendo danificar os produtos intermediários que ficam estocados. Além disso, o excesso de estoque pode mascarar problemas na linha de produção.

Movimento desnecessário: Qualquer movimento além do necessário que seja realizado por funcionários ou maquinários também é perda, pois aumenta o tempo total do processo.

Defeitos: Produção de peças defeituosas ou que exijam algum retrabalho, isso serve também a serviços realizados de forma errada e que precisam ser refeitos. Consertar, retrabalhar, descartar, corrigir, substituir e até mesmo inspecionar significam perdas de manuseio, tempo e esforço.

Desperdício da mente: É o desperdício do potencial criativo dos funcionários. O não ouvir os funcionários pode ocasionar perdas de tempo, habilidades e melhorias.

Taiichi Ohno acreditava que a superprodução é o pior dos desperdícios de uma indústria, pois acaba por gerar a maioria dos demais desperdícios. Como é possível observar, uma vez que o excesso de produção gera excesso de estoque, consequentemente excesso de deslocamento para armazenar tudo. Devido aos grandes estoques, os defeitos e superprocessamentos passam despercebidos.

O Lean Manufacturing busca, exatamente, minimizar esses desperdícios, identificando suas causas e tratando-as antes que ocorram.

Curiosidade: inicialmente eram sete desperdícios, mas depois foi acrescentado o desperdício da mente, por se perceber como é mais eficiente quando todas as mentes trabalham juntas. 

Fonte da Imagem: slideshare

Pedro Brant

About Pedro Brant -

Engenheiro químico pela USP, com certificação Black Belt. Apaixonado por Lean 6 Sigma, e dedicado a metodologia. Conhecimento so cresce a medida que é compartilhado, então vamos crescer juntos.

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